terça-feira, 28 de dezembro de 2010

ensaiar sem estrear

a nossa vida pode ser uma grande peça de teatro, mas apenas nos seus bastidores, onde ensaiamos a vida toda e nunca estreamos e algumas vezes que esboçamos um estrea pode ser prematuro ou maduro demais.
podemos pegar por exemplo o amor, as vezes achamos que estamos prematuro para chegar em alguém e dizemos que há amamos, possa até ser que algumas crianças desse século pensem como é idiota o autor do texto e que os tempos agora são outros, ai criamos e ensaiamos os mais sinistros discursos, cenas e conflitos. conflitos esses que, idealizadamente, culmina no climax da realização do nosso amor.
para garantir ensaiamos e ensaiamos todos possíveis e imagináveis conflitos e depois de muito ensaio percebemos que o que nos sobrou daquilo tudo foi um bocado de monotonia e que o desenvolvimento dessa nossa peça teatral está ultrapassado, cacofônico e tudo que faça a referência a "não serve mais para nada", nem para nós mesmo.
a hora de sabermos ou tentarmos estrear é complicada, pois somos autor, ator, diretor, sonoplasta, figurinista e muitas vezes somos platéia. no meio dessa confusão toda quem é que tem organização para estrear alguma coisa.
mas nem tudo está perdido, pois como autor podemos nos conhecer um pouco mais a cada dia; como ator podemos sonhar; o diretor é um misto do real e o imaginável; sonosplasta serve para o arranjo entre a nossa solidão em está só e a nossa solidão no meio de todos; como figurinista podemos mentir para nós mesmo; mas como nem tudo é perfeito, como platéia vem o nosso censo crítico e isso as vezes "dói pra caralho".

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