terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Dança do tempo

O corpo hesitante,
pronto pra cair...
Cair por entre todos os espinhos,
se afogando em lágrimas;
abafando todos os sorrisos...
Era o impulso que a vida lhe dava,
impulso repulso...
Estava se entregando,
estava cansada...
A felicidade a repelia,
a alegria dela se escondia...
Sua face há tempos não se fazia corada...
Mas ele a tomou em seus braços e com ela dançou...
A rodopiava sem parar...
E quanto mais girava,
mais alto se ouvia as gargalhadas estridentes
que latejavam nos ouvidos do silêncio...
Mais seu coração palpitava
e a esperança se fazia no brilho do seu olhar;
brilho esse que ofuscava os olhos da escuridão que a acompanhava...
Se fez sublime,
seus pés não mais pesavam;
não mais sentia o peso das correntes que a prendiam ao seu passado...
Por um momento parou.
Olhou para os lados e suspirou...
Estava sozinha e livre das amarras...

O tempo passou e simplesmente levou...

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